“Todos nós somos profetas e devemos anunciar o Senhor. Nosso reinado é o reinado da cruz.
Padre Pitico começou a manhã de domingo nos apresentando o documento Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade – Sal na Terra e Luz no Mundo, elaborado no Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) que acontece a cada 10 anos e denomina de formas diferentes os leigos ao longo dos anos. Em 1955, na sua primeira edição, leigos e leigas eram chamados Auxiliares do Clero. Após o Concílio Vaticano II, passamos a ouvir a denominação Movimentos Leigos e passamos a ser chamados cada vez mais a integrar esses movimentos.
Na edição de 1979, passamos a ser reconhecidos como agentes de pastoral, em serviço e foi nessa época que surgiram movimentos que se perpetuam até hoje, como o Cursilho e o TLC. Em 1992, ouvimos que “o Povo de Deus está constituído em sua maioria por fiéis leigos; é a chegada do tempo do Protagonismo dos Leigos. No documento de Aparecida então, em 2007, ouvimos pela primeira vez o chamado a sermos Discípulos Missionários.
“Todos nós somos profetas e devemos anunciar o Senhor. Nosso reinado é o reinado da cruz. Devo proclamá-lo Senhor, seguindo-o como discípulo e seguindo seu mandamento de amar uns aos outros. Sendo homens e mulheres do mundo, essa é a tarefa dos leigos: ser a ponte entre a Igreja de Deus e o mundo. ”
Quatro principais características do leigo são tratados ao longo da história da Igreja: sua Vocação, Identidade, Missão e Espiritualidade. Por meio de Encíclicas, documentos das conferências e catequeses, a Igreja vem nos mostrando que o papel do leigo vem se tornando cada vez mais profundo e importante para a missão da Igreja.
A Igreja tem um problema muito sério em assumir a sua dimensão social. E essa missão já nos foi exortada pelo papa Francisco quando disse: “Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças” .
Muitos são também as tentações da Missão hoje na Igreja Jesus nos ensina a ser sujeitos da nossa vida, sendo sujeitos da Igreja, que por possuir diversos carismas, movimentos e funções, se torna uma só, através da união. E a maior tarefa dos leigos e dos movimentos é iniciar as pessoas na vida cristã, já que segundo Padre Pitico, “a maioria de nós é apenas ‘sacramentalizado’ na vida cristã, mas não iniciado. ”
Há um chamado do cristão a servir no mundo utilizando dos seus ministérios e dons. A Igreja deve estar em saída e é através dos leigos e leigas que ela sai das igrejas físicas e vai ao encontro dos mais necessitados: discípulos realmente missionários.